Nos seus oito anos de
pontificado, Joseph Ratzinger anunciou com profundidade a fé
cristã a todos os católicos. E, de forma especial, ele
atuou na formação dos jovens, sobretudo nas três
Jornadas Mundiais da Juventude (JMJs) em que esteve presente: em
Colônia (Alemanha), em Sidney (Austrália) e em Madri
(Espanha). Embora tivesse uma formação especializada,
com um doutorado em Teologia, oito doutorados honorários
(“honoris”) e fluência em 10 idiomas, Bento XVI, através
de simples palavras, transmitiu a beleza da fé e ensinou a
doutrina da Igreja. Como o pontificado do Beato João Paulo II,
através de seus ensinamentos, também teve um
pontificado que marcou a vida da Igreja Católica, porém
com um modelo diferente de transmitir a Palavra de Deus. Enquanto
João Paulo II está presente até hoje no coração
dos católicos pelo seu jeito de ser carismático, o
agora Papa Emérito Bento XVI será lembrado por suas
palavras.
Antes do início
da JMJ de Colônia, realizada em 2006, os jovens viveram uma
grande expectativa de como seria a presença do novo Papa na
Jornada, ou seja, se ele seria igual ou diferente em relação
a João Paulo II. Porém, logo no início da JMJ da
Alemanha, Bento XVI conquistou o coração dos jovens,
entre eles Paulo Moreira, Marcela Neves e Débora Oliveira.
Segundo Moreira, o maior sentimento antes da Jornada de Colônia
era de saudade de João Paulo II e de ansiedade sobre o que
aconteceria dali em diante, já que a maioria dos jovens nunca
tinha visto outro Papa à frente da Igreja. E, ao contrário
dos relatos negativos que alguns veículos de comunicação
divulgavam, todos puderam ver um Papa com características
diferentes das propagadas pela imprensa. “Ninguém sabia
muito bem o que esperar embora tivesse certeza de que seria especial.
Tivemos a oportunidade de conhecer um Bento XVI completamente
diferente daquela imagem negativa que era e ainda é vendida
pela mídia. Uma pessoa de grande sabedoria que também
se alegra em estar com os jovens e com quem temos muito a aprender.
À medida que ouvíamos suas palavras nas pregações
e homilias, éramos pouco a pouco conquistados pela beleza e
sabedoria da mensagem que era transmitida. Esta foi a primeira
impressão, que se confirmou com o passar do tempo”,
explicou.
De acordo com Marcela,
Bento XVI conseguiu cativar todos os milhões de jovens da
Jornada, que conseguiram ver nele o que realmente é: sucessor
de Pedro. “Acredito que a emoção foi a mesma, pois
todos nós sabemos que ele é o escolhido de Deus. Ele
pôde presenciar uma recepção calorosa as margens
do rio Reno e da catedral de Colônia. E a mesma
expectativa com que nos estávamos, ele também estava.
Afinal, é uma responsabilidade e tanto estar ao lado de jovens
de todos os países. A impressão para nós,
jovens, foi de uma pessoa muito culta e inteligente. Ele tinha a
vontade de passar seus profundos conhecimentos para todos os milhares
de jovens”, afirmou.
Débora lembra
que, como está para acontecer na JMJ Rio2013, a JMJ de Colônia
foi uma Jornada de dois Papas, um que preparou e o outro que
realizou. “O clima que permaneceu na Jornada foi de acolhimento ao
novo Papa, porém ao mesmo tempo a presença de João
Paulo II era sentida em todos os lugares. O sentimento que mais me
movia era de encontrar o discípulo de Pedro, chefe da minha
Igreja. Queria viver essa experiência. Quando voltei da
Alemanha, muitas pessoas me perguntavam o que eu tinha achado do novo
Papa. Dizia para quem me perguntava que ele era um homem de Deus,
humilde e extremamente inteligente”, contou.
Hoje, às
vésperas da JMJ Rio2013, os jovens vivem momentos muito
parecidos com aqueles que antecederam a Jornada da Alemanha, somente
com uma diferença: a convocação de um Conclave
não por causa da morte, mas da renúncia do Papa, um
fato que não acontecia há quase 600 anos. Para
Débora, a renúncia de Bento XVI entrou para a
História. "Ele foi um homem que soube reconhecer o
momento de sair de cena. Realmente foi um ato de coragem",
frisou.
Segundo
Moreira, no pontificado de Bento XVI, o que mais o chamou a
atenção foi o empenho do Papa no fortalecimento da
fé católica e no ensinamento da doutrina. "Os
livros que ele escreveu durante o pontificado, a edição
do Catecismo voltada para os jovens, o "YouCat", e as
catequeses que ele ministrava em suas audiências semanais
demonstram isso", exemplificou.
Agora, na preparação
para a JMJ Rio2013, Marcela destaca que os católicos não podem
ficar desanimados porque o Santo Padre que preparou a Jornada não
estará presente, pois o Papa que for escolhido é, na
verdade, um escolhido de Deus. "A JMJ é um momento
muito especial que deve ser aproveitado ao máximo, de forma
consciente, pois estamos com o representante da Igreja orando
conosco. Ela mostra a importância da juventude na continuação
da Igreja Católica. Que venha a JMJ Rio2013", disse
Marcela, animada.
Foto: Reprodução / Internet
Foto: Reprodução / Internet
Bento XVI vai estar sempre em meu coração e é uma pena que não venha na JMJ no Brasil!
ResponderExcluirAgora aguardo o Papa Francisco com todo o amor!
O Papa Bento XVI foi muito importante na formação dos católicos. O Papa Francisco já confirmou que vem! Meu xará está muito animado para se encontrar com jovens do mundo inteiro aqui no Rio!
ResponderExcluirMais uma vez vou ter a chance de ver de perto nosso Papa. Tive a Graça de Participar do encontro de Joao Paulo II com as familias no RJ, depois participei da JMJ em Colonia e em Madri e agora aguardo ansiosamente pelo nosso Papa Francisco.
ResponderExcluirIsso aí, Debora! Está chegando! Gostei muito de saber das experiências de vocês. Foi de muito aprendizado.
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