terça-feira, 12 de março de 2013

Um Papa que transmitiu sua sabedoria aos jovens


Renato Francisco

Nos seus oito anos de pontificado, Joseph Ratzinger anunciou com profundidade a fé cristã a todos os católicos. E, de forma especial, ele atuou na formação dos jovens, sobretudo nas três Jornadas Mundiais da Juventude (JMJs) em que esteve presente: em Colônia (Alemanha), em Sidney (Austrália) e em Madri (Espanha). Embora tivesse uma formação especializada, com um doutorado em Teologia, oito doutorados honorários (“honoris”) e fluência em 10 idiomas, Bento XVI, através de simples palavras, transmitiu a beleza da fé e ensinou a doutrina da Igreja. Como o pontificado do Beato João Paulo II, através de seus ensinamentos, também teve um pontificado que marcou a vida da Igreja Católica, porém com um modelo diferente de transmitir a Palavra de Deus. Enquanto João Paulo II está presente até hoje no coração dos católicos pelo seu jeito de ser carismático, o agora Papa Emérito Bento XVI será lembrado por suas palavras.
Antes do início da JMJ de Colônia, realizada em 2006, os jovens viveram uma grande expectativa de como seria a presença do novo Papa na Jornada, ou seja, se ele seria igual ou diferente em relação a João Paulo II. Porém, logo no início da JMJ da Alemanha, Bento XVI conquistou o coração dos jovens, entre eles Paulo Moreira, Marcela Neves e Débora Oliveira. Segundo Moreira, o maior sentimento antes da Jornada de Colônia era de saudade de João Paulo II e de ansiedade sobre o que aconteceria dali em diante, já que a maioria dos jovens nunca tinha visto outro Papa à frente da Igreja. E, ao contrário dos relatos negativos que alguns veículos de comunicação divulgavam, todos puderam ver um Papa com características diferentes das propagadas pela imprensa. “Ninguém sabia muito bem o que esperar embora tivesse certeza de que seria especial. Tivemos a oportunidade de conhecer um Bento XVI completamente diferente daquela imagem negativa que era e ainda é vendida pela mídia. Uma pessoa de grande sabedoria que também se alegra em estar com os jovens e com quem temos muito a aprender. À medida que ouvíamos suas palavras nas pregações e homilias, éramos pouco a pouco conquistados pela beleza e sabedoria da mensagem que era transmitida. Esta foi a primeira impressão, que se confirmou com o passar do tempo”, explicou.
De acordo com Marcela, Bento XVI conseguiu cativar todos os milhões de jovens da Jornada, que conseguiram ver nele o que realmente é: sucessor de Pedro. “Acredito que a emoção foi a mesma, pois todos nós sabemos que ele é o escolhido de Deus. Ele pôde presenciar uma recepção calorosa as margens do rio Reno e da catedral de Colônia. E a mesma expectativa com que nos estávamos, ele também estava. Afinal, é uma responsabilidade e tanto estar ao lado de jovens de todos os países. A impressão para nós, jovens, foi de uma pessoa muito culta e inteligente. Ele tinha a vontade de passar seus profundos conhecimentos para todos os milhares de jovens”, afirmou.
Débora lembra que, como está para acontecer na JMJ Rio2013, a JMJ de Colônia foi uma Jornada de dois Papas, um que preparou e o outro que realizou. “O clima que permaneceu na Jornada foi de acolhimento ao novo Papa, porém ao mesmo tempo a presença de João Paulo II era sentida em todos os lugares. O sentimento que mais me movia era de encontrar o discípulo de Pedro, chefe da minha Igreja. Queria viver essa experiência. Quando voltei da Alemanha, muitas pessoas me perguntavam o que eu tinha achado do novo Papa. Dizia para quem me perguntava que ele era um homem de Deus, humilde e extremamente inteligente”, contou.
Hoje, às vésperas da JMJ Rio2013, os jovens vivem momentos muito parecidos com aqueles que antecederam a Jornada da Alemanha, somente com uma diferença: a convocação de um Conclave não por causa da morte, mas da renúncia do Papa, um fato que não acontecia há quase 600 anos. Para Débora, a renúncia de Bento XVI entrou para a História. "Ele foi um homem que soube reconhecer o momento de sair de cena. Realmente foi um ato de coragem", frisou.
Segundo Moreira, no pontificado de Bento XVI, o que mais o chamou a atenção foi o empenho do Papa no fortalecimento da fé católica e no ensinamento da doutrina. "Os livros que ele escreveu durante o pontificado, a edição do Catecismo voltada para os jovens, o "YouCat", e as catequeses que ele ministrava em suas audiências semanais demonstram isso", exemplificou.
Agora, na preparação para a JMJ Rio2013, Marcela destaca que os católicos não podem ficar desanimados porque o Santo Padre que preparou a Jornada não estará presente, pois o Papa que for escolhido é, na verdade, um escolhido de Deus. "A JMJ é um momento muito especial que deve ser aproveitado ao máximo, de forma consciente, pois estamos com o representante da Igreja orando conosco. Ela mostra a importância da juventude na continuação da Igreja Católica. Que venha a JMJ Rio2013", disse Marcela, animada.

Foto: Reprodução / Internet

4 comentários:

  1. Bento XVI vai estar sempre em meu coração e é uma pena que não venha na JMJ no Brasil!
    Agora aguardo o Papa Francisco com todo o amor!

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  2. O Papa Bento XVI foi muito importante na formação dos católicos. O Papa Francisco já confirmou que vem! Meu xará está muito animado para se encontrar com jovens do mundo inteiro aqui no Rio!

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  3. Mais uma vez vou ter a chance de ver de perto nosso Papa. Tive a Graça de Participar do encontro de Joao Paulo II com as familias no RJ, depois participei da JMJ em Colonia e em Madri e agora aguardo ansiosamente pelo nosso Papa Francisco.

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  4. Isso aí, Debora! Está chegando! Gostei muito de saber das experiências de vocês. Foi de muito aprendizado.

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